NOVIDADES DA PROVINCIA DA BAHIA
Resolvi abrir no blog uma página para que nas
quintas- feiras eu envie notícias sobre
o que se produz na Bahia, seja através
de livros ou revistas. Pode ser uma quinta-feira no mês ou duas, depende da
existência de material. Por exemplo, a
revista Afro-Ásia do CEAO está toda digitalizada, é gratuita, com quase 50
números, e pouca gente tem conhecimento.
É só digitar www.ceao.ufba.br e abrir no
módulo Afro-Ásia. Pouco conheço sobre a produção das Universidades baianas-
exceto a UFBA -, óbvio que a culpa é minha, pois não faço mais viagens horizontais, só as
verticais, como os xamãs e os malucos beleza. Evidente que o meu blog deve ter
entre 5 a 10 seguidores, o que demonstra que ainda existem pessoas inocentes no
mundo. Mas, quem tiver interesse pode enviar-me o material que eu divulgarei. Ah,
por que Província? Porque a modernidade e o pretenso cosmopolitismo, em especial, de Salvador, cheiram mal.
Agora em
agosto aniversariou um querido amigo, o antropólogo Fábio Lima. Em junho ele me
trouxe o seu novo livro, denominado Diáspora e Ancestralidade. Salvador:
Kawo-Kabiyesile, 2015. Com suas peculiaridades estilísticas, ele narra a sua viagem
a Oyó na Nigéria, trata da comida de santo, das suas palestras na Áfricas, além
de abordar o corpo e a saúde no candomblé.
Gustavo
Falcón, doutor em Ciências Sociais, foi no passado Diretor da Edufba. Era o seu
destino, além da criação de abelhas e
a paixão pela cidade de
Cachoeira, tornar-se editor. E encontrou uma parceira na sua loucura, minha
“sobrinha”, sua filha Bárbara Falcón, tão querida por mim quanto seu pai. E,
como dizia, uma maldosa tia, “quem puxa aos seus não degnera”: ela é um caso de
seguir realmente os caminhos do pai, tornando-se, já jovem, uma promissora
intelectual, com um Mestrado e primorosa dissertação. Os dois conduzem a
Pinaúna Editora, inicialmente com uma coleção denominada Sons da Bahia. Um
primor de realização gráfica, além de livros abordando, com qualidade, os
vários gêneros da música baiana. Dificuldade de financiamento,
sempre, daí a distância das edições.
Em 2012, publicaram de
Sueli Borges. Chegou a Hora Dessa
Gente Bronzeada Mostrar Seu Valor: samba e brasilidade em Assis Valente; de
Fabricio Mota. Guerreir@s do Terceiro Mundo: identidades negras na música reggae
da Bahia; Bárbara Falcón. O Reggae de Cachoeira: produção musical
em um porto Atlântico.
Em 2016, saíram de Ari
Lima. Uma Crítica Cultural sobre o Pagode Baiano: música que se ouve, se
dança e se observa; Carlos Ailton da
Conceição Silva. Os Belos, o Trânsito e a Fronteira: um estudo
sócioantropológico sobre o discurso autorreferente do Ilê Ayiê; Marlon Marcos. Oyá-Bethânia: os mitos
de um orixá nos ritos de uma estrela.
Eles deixam explicito que o site oficial do projeto
disponibiliza o conteúdo inédito e versões digitais dos livros:
www.sonsdabahia.wordpress.com
Já ia esquecendo. Eu e o
professor Luiz Mott, publicamos,
agora, em 2016, pela Edufba, o livro A Comida Baiana. Cardápios de um prisioneiro ilustre ( 1763)